Chapada dos Guimarães, um dos pontos turísticos mais emblemáticos do Mato Grosso, enfrenta uma onda devastadora de incêndios criminosos. O presidente da Comissão de Meio Ambiente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), Carlos Avallone, revelou nesta manhã de quarta feira dia 11 de setembro na AL-MT que parte de uma propriedade do deputado estadual Wilson Santos foi consumida pelo fogo, iniciado de forma intencional por uma pessoa ainda não identificada.
Segundo informações de Avallone, o autor do incêndio foi avistado à distância pelos radares do Sistema de Defesa Aérea Brasileiro (Sindacta), mas conseguiu escapar sem ser capturado. O parlamentar expressou preocupação sobre a vulnerabilidade da região e a dificuldade em controlar os incêndios.
Após 12 dias de combate intenso, que mobilizou brigadistas, bombeiros e voluntários, o incêndio que ameaçava o Parque Nacional de Chapada dos Guimarães foi finalmente controlado. A equipe responsável pela contenção chegou a comemorar a vitória temporária, mas poucas horas depois, um novo episódio criminoso ocorreu.
De acordo com Avallone, um homem em uma motocicleta foi visto ateando fogo em dois pontos diferentes na Trilha do Matão, local de grande fluxo de turistas. A ação rápida do criminoso fez com que o fogo se alastrasse novamente, comprometendo áreas já afetadas e dificultando qualquer nova tentativa de controle.
Entre os locais atingidos, metade da propriedade do deputado Wilson Santos foi consumida pelas chamas, além de 100% da propriedade de sua ex-esposa. Os esforços para conter o incêndio não têm sido suficientes para impedir a destruição, e agora o cenário é desolador. Avallone destacou que, mesmo com a intervenção rápida, a força do fogo e a geografia da região tornam impossível apagar o incêndio de forma definitiva.
A Chapada dos Guimarães, conhecida por suas belezas naturais e biodiversidade, corre um risco iminente de sofrer danos irreparáveis. As autoridades locais pedem reforço no combate ao crime ambiental e buscam a identificação e captura dos responsáveis por essas ações criminosas. A devastação ambiental e o desgaste físico e emocional das equipes de combate são realidades enfrentadas diariamente.
"É lamentável. A floresta está queimando, e estamos de mãos atadas", afirmou Avallone, refletindo o sentimento de impotência frente à recorrência dos incêndios e a dificuldade em contê-los.