Na sessão ordinária desta terça-feira (25), o vereador Feitosa utilizou a tribuna da Câmara Municipal de Várzea Grande para denunciar a falta de retorno por parte da administração pública a diversas solicitações de informações, especialmente na área da saúde. Segundo ele, diversas secretarias têm recusado fornecer dados essenciais para fiscalização. O parlamentar afirmou que levará a questão ao Ministério Público, enfatizando que o direito de acesso às informações é uma prerrogativa dos vereadores.
O vereador Raul Corvo reforçou a denúncia e sugeriu a adoção de medidas judiciais para garantir o cumprimento dos requerimentos. Ele propôs uma ação de obrigação de fazer contra o município, que obrigaria judicialmente os secretários a responderem às demandas da Câmara. "Podemos propor essa medida para que os secretários municipais cumpram com suas obrigações, conforme determina a lei", afirmou Corvo.
Na sequência, Feitosa voltou a se pronunciar e abordou um veto da prefeita Flávia Moretti, que impede a exigência de diploma de curso superior para ocupantes de cargos de secretários e subtenentes na gestão municipal. Para o vereador, a medida visa beneficiar diretamente o esposo da prefeita, que ocupa um cargo na administração sem possuir a qualificação necessária. "Isso é nepotismo! Como podemos combater essa prática se a própria prefeita a promove?", questionou.
O parlamentar solicitou apoio dos demais vereadores para a derrubada do veto e afirmou que a gestão municipal precisa agir com transparência e moralidade. "Não podemos permitir que o discurso de moralidade da prefeita seja contradito por suas próprias ações. A Câmara deve se manter independente e garantir o cumprimento das leis", enfatizou Feitosa.
O caso gerou discussão entre os parlamentares, e a votação do veto deverá ocorrer nas próximas sessões. A situação promete novos desdobramentos e deve continuar sendo pauta na Câmara Municipal.