Na última sexta-feira, 10 de janeiro de 2025, o governador de Mato Grosso, Mauro Mendes, declarou à imprensa sua posição contrária à existência de mercadinhos dentro dos presídios estaduais. Segundo ele, a manutenção desses estabelecimentos no sistema prisional é desnecessária e prejudica a segurança pública.
A fala do governador foi uma resposta à decisão do desembargador Orlando Perri, que solicitou a continuidade dos mercadinhos nas unidades prisionais. Mendes expressou sua discordância, afirmando que tais estruturas representam um problema adicional para a administração do sistema penitenciário, que já enfrenta inúmeros desafios.
O debate ocorreu em meio a uma coletiva de imprensa realizada na capital, Cuiabá. O governador destacou que sua opinião reflete a visão do Executivo estadual sobre o impacto negativo que essas atividades podem gerar no controle do sistema prisional.
Mauro Mendes também alertou para os riscos associados aos mercadinhos, citando como exemplo o depoimento de um líder de facção criminosa conhecido como Sandro Louco. Segundo relatos, Sandro teria falado que tem lucrado até R$ 70 mil por semana com esses estabelecimentos, reforçando o envolvimento do crime organizado e a necessidade de coibir tais práticas.
O posicionamento do governador levanta questionamentos sobre o futuro da gestão prisional em Mato Grosso. Enquanto o Judiciário busca medidas que garantam direitos básicos aos detentos, o Executivo alerta para os impactos negativos na segurança pública. A polêmica reforça a necessidade de um diálogo mais amplo entre os poderes para encontrar soluções que equilibrem segurança e dignidade no sistema carcerário.