Mesmo em 2025, práticas que remetem ao coronelismo ainda são relatadas em alguns contextos sociais e políticos. Uma grave denúncia foi feita em um grupo de WhatsApp popular em Várzea Grande, Mato Grosso, apontando que o presidente da UNIVAB (União Várzea-Grandense de Associações de Bairro) estaria utilizando a entidade como se fosse um patrimônio pessoal. Segundo relatos, ele tem dificultado a inscrição de chapas concorrentes nas eleições internas da entidade, consolidando seu poder há mais de uma década.
De acordo com os participantes do debate online, o presidente da UNIVAB frequentemente impõe obstáculos burocráticos e supostos artifícios jurídicos para inviabilizar o registro de candidaturas opositoras. Além disso, foi mencionado que as carteirinhas de associados são controladas de forma centralizada, levando o nome do próprio presidente da UNIVAB em vez do presidente de cada bairro, o que muitos interpretam como uma prática autoritária, caracterizando coronelismo ou até mesmo ditadorismo. Essas ações reforçam a percepção de uso pessoal da instituição, em um cenário que deveria ser de democracia participativa.
A discussão ocorreu na noite de sábado, 4 de janeiro de 2025, no grupo de WhatsApp mais influente da cidade. Formadores de opinião, lideranças comunitárias e outros membros da sociedade participaram do debate, expondo suas visões sobre o tema. Entre as mensagens, destacou-se a indignação de diversos líderes, que clamaram por transparência e renovação nos processos eleitorais da entidade. Alguns participantes questionaram se a manutenção prolongada do mesmo presidente não prejudica o avanço das associações de bairro.
As denúncias levantadas durante o debate geraram ampla repercussão entre os envolvidos e evidenciaram a necessidade de mudanças estruturais na UNIVAB. Especialistas apontam que situações como essa representam um desafio não apenas para as associações de bairro, mas também para a consolidação de uma cultura democrática no município. Para os críticos, a superação desse cenário requer maior engajamento dos associados e fiscalização mais efetiva por parte dos órgãos competentes.
Enquanto o debate se intensifica, espera-se que a questão tenha novos desdobramentos. A cobrança por transparência e renovação na UNIVAB deverá continuar crescendo, com pressão para que sejam adotadas medidas que promovam eleições justas e democráticas. Ao mesmo tempo, a sociedade civil de Várzea Grande segue atenta, reforçando a importância da participação cidadã na gestão das associações de bairro.